Política café com leite

Neste blog não vamos falar apenas de café com leite como uma infusão, mas também vamos falar um pouco sobre a história do Brasil e a política do café com leite, a política dos governadores, o que foi o coronelismo.

Política café com leite

A política do café e do leite

O Brasil tem uma república recente: nem 150 anos se passaram desde que essa forma de governo foi estabelecida no país. Tudo começou quando o marechal Deodoro da Fonseca liderou um golpe militar que tirou o poder da monarquia e estabeleceu a república militar.

Como explicado aqui, o Brasil Monárquico fracassou por uma série de razões que acabaram em um golpe, em 1889, quando em 15 de novembro, o Marechal Deodoro da Fonseca reuniu alguns militares e liderou o grupo que proclamou a república brasileira, tomando Dom Pedro II do poder.
A Proclamação da República (1889)

Em 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca liderou o grupo que proclamou a república brasileira, tornando-se o primeiro presidente que o país já teve. As províncias tornaram-se estados e ganharam autonomia política para tomar suas próprias decisões.

Política dos governadores o que foi o coronelismo: A República Velha (1889 - 1930)

A política dos governadores era um oficial, idealizada e implementada pelo presidente Campos Sales (1898 - 1902) sistema político, que consistiu na troca de favores políticos entre os governadores presidente e estaduais. De acordo com essa política, o presidente da República não interferiu nos assuntos estaduais e, em contrapartida, os governadores deram apoio político ao executivo federal.

Como a política dos governadores funcionou na prática


Nesse acordo político, os governadores estaduais não se opunham ao governo federal e ainda instruíam os parlamentares de sua base a votarem favoravelmente nos projetos do executivo. Nas eleições, os governadores usaram todos os recursos (legais e ilegais) para eleger deputados e senadores que dariam apoio e apoio político ao presidente da República. Os governadores usaram o "voto da cabeçada", a fraude eleitoral e a compra de votos para eleger seus representantes nas eleições, ligadas a grandes proprietários rurais (coronéis).

O papel do Presidente da República não era interferir na vida política dos estados. O governo federal fez uma visão grosseira da corrupção, ilegalidades de todos os tipos e má administração que muitas vezes faziam parte de muitos governos estaduais.

Conhecidas como República Velha ou Primeira República, respectivamente República Velha e Primeira República, foi uma época em que os dois grupos se revezaram governando o país - as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais. Quando a República foi proclamada, as oligarquias brasileiras tinham medo de movimentos a favor ou da monarquia. Portanto, em vez de eleições para um presidente, o Brasil era governado pelo exército.

A República Velha foi dividida em duas partes:


  1. República da Espada / República da Espada (1889 - 1894): quando os governadores eram militares.
  2. República das Oligarquias / República das Oligarquias (1895 - 1930): quando o governo era comandado pelos estados de São Paulo e Minas Gerais. Eles mudaram de governo em um esquema chamado Política do Café com Leite, ou café com política de leite: São Paulo era o maior produtor de café da época, e Minas era o maior produtor de leite.


Depois da República da Espada, as elites de São Paulo e Minas Gerais começaram a se revezar a cada quatro anos nas eleições para a presidência. Eles tiveram um tratamento no qual os candidatos eleitos para um estado deveriam apoiar, para a próxima eleição, o candidato do outro estado. Ambos os estados detiveram o poder por mais de 30 anos, e ambos foram favorecidos durante seus mandatos, tendo seu desenvolvimento aumentado, enquanto outros estados e regiões não receberam atenção ou investimentos.

Além disso, a fim de manter este sistema, havia uma política de troca de favores, na qual os governadores de outros estados que apoiavam candidatos de São Paulo ou Minas Gerais nas eleições presidenciais não sofreriam nenhuma interferência federal em seus governos.

A política do café com leite era viável por meio do uso de outras medidas de controle, como o coronelismo, em que os poderosos proprietários de terra, conhecidos como coronéis, induziam a população a votar neles.

O sistema eleitoral ilegal para obter votos foi chamado de voto de cabresto, que, em uma tradução literal, seria o equivalente a “voto comum”. Como não houve voto secreto, as pessoas foram pressionadas e até ameaçaram votar em um candidato já determinado.

Conflitos na República Velha

Depois de alguns anos, no entanto, esse sistema político de favorecimento dos estados criou uma atmosfera de rebeliões populares, já que houve conflitos urbanos e rurais durante a Primeira República, geralmente contra o governo. Todos eles foram derrotados.


  • Revolução Federalista / Revolução Federalista (1893 - 1895): movimento que tentou separar o estado do Rio Grande do Sul do restante do Brasil.
  • Guerra de Canudos / Guerra de Canudos (1896 - 1897): uma guerra federal contra Canudos, um pobre assentamento de habitantes do interior, considerado monárquico e anti-republicano. Pelo menos 30 mil pessoas morreram no conflito e Canudos foi destruído e reconstruído alguns anos depois da guerra - afundado sob as águas da barragem de Cocorobó. Atualmente, existe uma cidade de Canudos na Bahia, mas está localizada a 15 km da cidade original de Canudos.
  • Revolta da Vacina / Revolta da Vacina (1904): manifestações violentas contra a obrigação de tomar a vacina contra a varíola quando houve a fuga da doença no Rio de Janeiro.
  • Revolta da Chibata / Revolta do Chicote (1910): uma ameaça dos marinheiros para bombardear a capital, o Rio de Janeiro, caso o castigo físico com chicote não fosse abolido, as condições de trabalho não melhorassem e os salários aumentassem.
  • Guerra do Contestado / Contestado (1912 - 1916): movimento separatista na região do Contestado, no sul do estado de Santa Catarina.


Os anos 20 foram marcados por movimentos militares contra o governo federal, como os 18 da Revolta dos 18 de Copacabana, a Revolução de 1924 e as Tenente Revoltas (Tenentismo), que acabaram no Rio de Janeiro. Coluna Prestes, um movimento rebelde social insatisfeito com a República Velha que reunia pessoas e literalmente caminhava pelo Brasil, incentivando as pessoas a se rebelarem contra o governo e a elite rural.

Voto de Cabresto

A figura do coronel era muito comum nos primeiros anos da República, especialmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que usava seu orçamento de energia para garantir a eleição de candidatos admitidos. O cabresto de votação foi usado, onde o coronel precisava e até usou violência para os eleitores de seu voto "curral eleitoral" sobre o candidato apoiado por ele. Quando a votação foi aberta, os eleitores foram pressionados e supervisionados por capangas do coronel, para que pudessem votar nos candidatos indicados por ele. O coronel também usou outros recursos para alcançar seus objetivos políticos, como a compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraude eleitoral e violência. A Convenção de 1929, pela qual o presidente (governador) de Minas Gerais, Antônio Carlos, referiu-se ao sistema eleitoral durante a República Velha:

"Para mim, insisto dizer, o ponto fraco de nossa organização política reside no sistema de votação, assim que ele favorece a compressão, corrupção e fraude, permitindo que os títulos eleitorais são transformados em títulos e valores mobiliários e que os exercícios do governo no ato de votar, de ódio praticado sob a supervisão e fiscalização de seus agentes, a influência incomparável da ameaça de retaliação ou suborno ou tentativa de suborno "

A revolução de 1930

A política do café com leite terminou quando Washington Luís, presidente eleito pelo estado de São Paulo, decidiu não apoiar um candidato de Minas Gerais, mas um de São Paulo, Júlio Prestes, nas eleições de 1930. Traído, Minas Gerais se aliou aos estados da Paraíba e do Rio Grande do Sul e lançou outros candidatos, que perderam as eleições fraudadas daquele ano - Getúlio Vargas e seu vice, João Pessoa.

Tendo perdido as eleições, Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul iniciaram um movimento armado em todo o Brasil que depôs Washington Luis e deu o poder a Getúlio Vargas. Este episódio é conhecido como Revolução de 1930, ou a Revolução de 1930.

A Segunda República (1930 - 1964)

Este período estende-se desde 1930 até o golpe militar de 1964. É caracterizado principalmente pela consolidação do populismo nacionalista, os partidos políticos de caráter nacional se endireitam e têm um grande florescimento social. A indústria cresceu mais rapidamente durante esse período e a atual capital brasileira foi construída.

Era Vargas (1930 - 1945)

Era Vargas é o nome dado ao período em que o presidente Getúlio Vargas governou ininterruptamente no Brasil. Foi um momento divisor de águas na história do Brasil devido às mudanças sociais e econômicas realizadas nesses 15 anos de governança. Seu governo era conhecido nacionalmente como Estado Novo, um tipo de regime político criado por ele mesmo baseado na centralização do poder, nacionalismo mais forte, anticomunismo e seu autoritarismo.

Depois de tomar o poder através de um golpe militar na Revolução de 1930, Vargas adotou medidas controladoras, ditatoriais e paternas, combinadas com medidas muito modernas para a industrialização do país. Ele também realizou a inovação do direito do trabalho com a criação da Consolidação da Lei do Trabalho (CLT) - que ainda está em vigor no Brasil hoje em dia.


Embora condenado por muitos por suas atitudes ditatoriais, Vargas foi reverenciado por seus seguidores como o "Pai dos Pobres", por sua batalha contra os grandes proprietários e a concentração de capital. Sua capacidade de conter as conseqüências da Grande Depressão e a polarização entre comunismo e fascismo são consideradas suas maiores realizações. É por isso que ele é considerado o mais importante e influente presidente brasileiro do século XX.

República do café com leite

Redemocratização do Brasil (1945 - 1964)

No final da Segunda Grande Guerra, em 1945, o exército obrigou Vargas a renunciar e iniciou o período de redemocratização do Brasil, amplamente conhecido como a Segunda República. Eleições presidenciais foram organizadas e o general Eurico Dutra assumiu a carga.

Em 1950 Vargas foi eleito e governou o Brasil novamente, mas desta vez seu governo encontrou dificuldades devido à inflação problemática e à crescente dívida nacional. Mais uma vez, o exército obrigou Vargas a renunciar em 1954, em vez disso, ele cometeu suicídio.

Juscelino Kubitschek foi então eleito, criando em 1960 a nova capital do país em Brasília. Janio Quadros foi seu sucessor, mas seu governo não durou mais de 7 meses e foi sucedido por João Goulart, que governou até o golpe militar de 1964.

Ditadura Militar (1964 - 1985)

O golpe de 1 de abril de 1964 ainda está fresco nas mentes brasileiras. O período pôs fim à República Democrática e lançou as raízes da ditadura militar brasileira que governou o país por 20 anos, liderada por cinco generais diferentes: Humberto Castello Branco, Artur Costa e Silva, Emílio Médici, Ernesto Geisel e João Figueiredo. .

O crescimento econômico, os grandes empréstimos internacionais, o aumento da inflação, as atividades de guerrilha de esquerda, o florescimento cultural de músicos, compositores e intelectuais e a supressão da liberdade de expressão são apenas as principais características e heranças desse período histórico brasileiro.

Primeiro Estágio: Tentativa de Consolidação (1964-1968)

Quando o exército assumiu o poder, uma série de atos institucionais - popularmente conhecidos como AIs - foram aprovados pelos militares com o objetivo de consolidar o novo regime político em vigor. Em 1969, 17 AIs já eram instituídas no Brasil, a maioria condenando e restringindo qualquer tipo de liberdade cidadã.

Em 1968, o crescente número de protestos inaugurou a repressão do governo contra a oposição popular. O 100.000 de março, uma manifestação que uniu 100.000 indivíduos de vários setores da sociedade no mesmo ano, foi a última gota. E a violência ditatorial começou a fazer suas vítimas através da AI 5, que basicamente instituiu a tortura no país.

Segunda etapa: os anos de chumbo (1969 - 1974)

Na década de 1970, o Brasil se viu em um período de grande crescimento econômico durante o chamado “milagre brasileiro”, marcado por grandes projetos de infraestrutura do governo. Apesar da taxa de crescimento econômico de 10%, os níveis de pobreza, desigualdades sociais, invasões de terras indígenas e destruição ambiental foram aumentando cada vez mais. Concomitantemente, esses foram os anos de repressão mais forte.

Não é surpresa receber o apelido de “Anos de Chumbo”. A tortura foi basicamente deliberada e até as manchetes internacionais começaram a destacar a violência da ditadura brasileira. Os direitos humanos foram violados, os indivíduos desapareceram, as pessoas foram caçadas e mortas e até hoje o que aconteceu durante esses anos ainda é um mistério obscuro para a história do Brasil.

Terceira Fase: Transformação e Dissolução (1974 - 1985)

Com os protestos e as dívidas nacionais ficando cada vez maiores, o Regime Militar encontrou a urgência da abertura política. O governo militar supervisionou os primeiros passos para as transformações. A AI 5 foi abolida, os cidadãos exilados foram acolhidos no Brasil e o cenário de anistia política começou a ser traçado.

Durante os anos 80, os brasileiros presenciaram a lenta transição de uma ditadura militar para um regime civil democrático, marcado pelo declínio econômico e pelo surgimento de seis novos partidos políticos, como o Partido dos Trabalhadores. O período de abertura política terminou com o Movimento Diretas já, que exigiu eleições diretas e imediatas.

Re-democratização de novo e inflação (década de 1980)

O movimento teve sucesso em partes. Em 1985, as eleições presidenciais ocorreram no Brasil, mas a participação popular foi novamente excluída. Somente os membros do Congresso Nacional puderam votar, o que desagradou a população e os partidos políticos.

As eleições indiretas foram boicotadas pelo PT e um presidente foi escolhido levando muitos brasileiros às ruas para celebrar o fim do regime militar. O presidente eleito morreu antes de assumir o controle do governo, e José Sarney assumiu a presidência em seu lugar.


“A Década Perdida”

O governo José Sarney consistiu em uma série de medidas que levaram o país à redemocratização, como o fim da censura do Estado, a garantia da liberdade de expressão, a legalização dos partidos políticos e a elaboração da última Constituição brasileira, a de 1988. Constituição, que está em vigor hoje.

Mas mais do que isso, seu governo teve que lidar com o alto nível da dívida externa e com uma alta e crescente taxa de inflação, que caracterizou a década como “A década perdida”. Ambos os fatores permitiram que a atuação da administração pública recuperasse a economia do país, tornando o Brasil o país com as maiores taxas de inflação do mundo. A hiperinflação não apenas promoveu problemas sociais, mas também diminuiu o poder de compra da moeda.

Planos de Estabilização Econômica

Para controlar a inflação, o governo foi obrigado a criar uma sucessão de planos de estabilização econômica, todos baseados no congelamento de salários e preços e em mudanças na moeda brasileira. Em menos de 20 anos, o Brasil teve sua moeda alterada para cinco diferentes.

Em 1989, novas eleições foram organizadas e, a essa altura, todos os candidatos de todos os partidos políticos tiveram a chance de participar. Fernando Collor de Mello foi eleito, seguindo a trajetória de José Sarney, lançando o Plano Collor que colocou em vigor outra moeda. O plano baseou-se na ideia de que, se não houvesse renda, o consumo reduziria a ponto de desacelerar a inflação. pressão.

De início funcionou, mas com o tempo a recessão afetou a economia e a inflação voltou a subir. Além do fracasso do plano, os esquemas de corrupção, nos quais Collor estava envolvido, levaram ao impeachment do presidente em 1992.


Plano Real

O vice-presidente de Collor, Itamar Franco, assumiu a presidência e um novo plano de estabilização para controlar a hiperinflação começou a ser elaborado. O plano foi desenvolvido pelo ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso e por uma equipe de economistas. O primeiro, baseado na dolarização da economia brasileira, o chamado Plano Real, foi alvo de críticas, já que a adoção do dólar americano seria uma afronta à soberania e ao nacionalismo do país.

Sendo o último plano de estabilização econômica no Brasil, o Plano Real criou uma nova moeda brasileira que seguiria a variação de um dólar e era responsável pela estabilidade econômica que permanece até hoje. O plano começou a ser implementado em junho de 1993, sendo oficialmente posto em prática em 1994.

A abertura do mercado (década de 1990)

A década de 1990 estabeleceu um novo cenário econômico no Brasil que foi marcado por mudanças significativas na política de comércio exterior brasileira. O processo de mercado começou no governo Collor e continuou, com o sucesso do Plano Real, durante os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso de 1995 a 2002.

Cardoso promoveu uma série de privatizações em muitos setores da economia: telecomunicações, transmissão de energia elétrica, mineração e finanças. Sendo os exemplos mais conhecidos: as privatizações da Companhia Vale do Rio Doce e do Sistema Telebrás. A medida diminuiu a participação do Estado na economia brasileira, sendo alvo de críticas da oposição, principalmente do PT.

Novo regionalismo: o surgimento do Mercosul

A progressiva integração comercial dos anos 1990 ocorreu em uma nova ordem mundial, o “novo regionalismo”, caracterizado pela integração dos países por meio de acordos bilaterais e multilaterais, como o estabelecimento de zonas de livre comércio, sindicatos aduaneiros e tarifas externas comuns.

Esse é o período de criação do Mercosul em 1991 como uma zona de livre comércio composta por Brasil, Venezuela, Argentina, Uruguai e Paraguai. Seus membros eliminaram todas as barreiras tarifárias e não tarifárias que poderiam afetar suas economias; isentos são as tarifas sobre bens comercializados entre os parceiros.

Crise interna e problemas financeiros

No final do segundo mandato de Cardoso, o Brasil estava imerso em uma recessão econômica. Para controlar a inflação, o governo estimulou o consumo interno e, consequentemente, elevou as taxas de desemprego. Para piorar a situação, uma crise internacional atingiu o Brasil no início de 1999, o que fez com que investidores estrangeiros e nacionais removessem bilhões de dólares do Brasil.

Tornou-se impossível manter a paridade dólar / real, eo governo foi então forçado a desvalorizar a moeda e também apelar para o FMI (Fundo Monetário Internacional). Com os empréstimos do FMI em mãos, o governo brasileiro teve que adotar um controle rígido sobre os gastos públicos, reduzindo o investimento público e elevando ainda mais as taxas de juros.

O século 21 (de 2000 até hoje)

Desde o início da década de 2000, o Brasil tornou-se um importante player do Cone Sul, sendo membro do grupo econômico G20 e membro do BRICS. O BRICS foi um termo criado em 2001 usando as iniciais dos quatro países considerados economias emergentes no mundo, que tinham características e potencialidades economicamente semelhantes para superar as principais potências mundiais em um período de no máximo cinquenta anos.

BRICS

Brasil, Rússia, Índia e China fazem parte do BRICs, que foi criado em 2006 e considerado um mecanismo internacional pelas Nações Unidas, o que possibilitou a realização de ações econômicas coletivas entre esses países, bem como o aumento da comunicação entre eles. A partir do ano de 2011, a África do Sul também foi oficialmente incorporada aos BRICs, que então ficaram conhecidos como BRICS, com o maiúsculo "S" no final do período.

A ascensão do governo do Partido dos Trabalhadores

A ação política de Lula começou em 2003 com sua eleição após o final desastroso do mandato de Cardoso. Com mais de 58 milhões de votos, Lula, sendo da esquerda e membro do Partido dos Trabalhadores, prometeu empreender um desenvolvimento historicamente reivindicado por vários setores sociais que de fato se realizaram. No entanto, o crescimento econômico no Brasil não conseguiu se diferenciar das práticas econômicas realizadas pelos governos anteriores.

A manutenção de certas ações políticas foi fortemente criticada. Em 2005, o governo foi denunciado por realizar a venda de subornos para obter a aprovação de determinadas medidas em um esquema de corrupção, chamado Mensalão. Apesar do escândalo, Lula venceu sua segunda eleição em 2007.

O novo mandato de Lula foi visto mais como uma continuação de políticas para manter um quadro político estável, em vez de uma vitória dos setores de esquerda do Brasil. Terminou em janeiro de 2011, com a eleição de sua sucessora, a primeira presidente brasileira, Dilma Rousseff, também integrante do partido dos trabalhadores.